Desenvolvimento, Dignidade e Diálogo: os três Ds de São Paulo

Por Jorge Lima, secretário de Desenvolvimento Econômico de São Paulo

Quando comecei a escrever o plano de governo ao lado de Tarcísio de Freitas no que tange Indústria, Comércio e Serviços, imaginava que São Paulo era um Estado totalmente e igualmente rico. Aprofundando o estudo, percebi o desequilíbrio do desenvolvimento entre diferentes regiões do Estado. São Paulo é, sem sombra de dúvidas, a maior economia brasileira, uma potência e um Estado que carrega grande parte do Produto Interno Bruto (PIB) do País consigo. Mas não podemos deixar de olhar para seus problemas — é assim que vamos resolvê-los.

Um dos grandes problemas é percebido com facilidade quando observamos o PIB das dezesseis Regiões Administrativas do Estado. A região metropolitana de São Paulo, Campinas, São José dos Campos e Sorocaba concentram quase 80% do PIB. Precisamos ter um olhar mais específico para o desenvolvimento das demais regiões.

Além disso, dos 645 municípios do Estado, 503 têm abaixo de 50 mil habitantes.

Vale reparar também que, ao longo dos anos, São Paulo vem perdendo empresas, em uma velocidade grande, para outros estados. Já fomos 36% do PIB industrial brasileiro, mas hoje estamos na casa dos 28%.

Agora, à frente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, definimos como metas, por determinação do governador Tarcísio, a reindustrialização do Estado, a liderança na transição energética, a busca por uma energia mais barata, o fomento da cadeia industrial — pouco explorada no Brasil e modelo de sucesso na Alemanha e no Japão pós-guerra —, o fomento do empreendedorismo — mas com uma visão de vocação por região — e a capacitação profissional a partir da demanda de cada região ou polo industrial.

Vamos montar dezesseis coalizões empresariais, visando escutar o setor produtivo junto à população para a construção de políticas que possam gerar emprego, renda e desenvolvimento regional. Até agora, montamos duas: a de Ribeirão Preto e a da Baixada Santista.

Acreditamos piamente que precisamos dialogar com todos os setores para buscar as melhores alavancas de desenvolvimento de cada região, principalmente o empresarial. Afinal, seria loucura acreditar que o poder público sabe mais que o setor empresarial quando se trata de necessidades de investimento.

Temos o objetivo de voltar a liderar a atração de investimentos. Para isso, contamos com a Secretaria de Negócios Internacionais e a InvestSP, de minha responsabilidade.

A questão tributária é outro gargalo, inclusive nacional. Precisamos urgentemente de uma reforma, e São Paulo quer liderá-la. Porém, enquanto a pauta não avança no Congresso, vamos fazendo nosso dever de casa, com a Secretaria da Fazenda à frente dos estudos.

Isso é só uma palinha do que vem pela frente. Estamos convictos de que é possível fazer mais por São Paulo. Queremos que o Estado avance com força e rapidez. Até porque, foco e determinação são as diretrizes do governador.

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