• 11.09.2023
  • Redação

Campos Neto diz que BC quer “pouso suave” na economia para “trazer inflação para baixo”

Objetivo, segundo Campos Neto, é ter a menor queda do PIB, a menor geração de desemprego e o mínimo de ruptura no canal de crédito

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou, neste sábado (26), que o objetivo da autarquia é fazer um pouso suave na economia brasileira.

“Quero trazer a inflação para baixo com o menor custo possível para a sociedade”, disse.

Campos Neto detalhou que o objetivo é ter, dentro do possível, a menor queda do Produto Interno Bruto (PIB), a menor geração de desemprego e o mínimo de ruptura no canal de crédito.

Ele defendeu que foram poucos países do mundo que conseguiram fazer o que o Brasil tem feito em termos de queda de inflação versus o quanto custou.

O presidente do BC também comentou as surpresas recentes para cima com a inflação corrente. “Se pegarmos alimentação fora do domicílio e automóveis, dentro da parte de Transportes, explica quase toda a surpresa”, disse Campos Neto, que relacionou o movimento de automóveis ao subsídio temporário do governo federal às montadoras de carros.

Campos Neto participou do Fórum Esfera 2023, organizado pelo grupo Esfera Brasil, no Guarujá, cidade do litoral de São Paulo.

Copom

Roberto Campos Neto também afirmou que acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) será sempre direcionado pelo argumento técnico. “O BC se mostrou uma instituição muito técnica, com um corpo de funcionários altamente qualificado”, disse.

O presidente do BC afirmou que a convivência de diretores com um governo que não os indicou, assim como o oposto, é o primeiro grande teste da autonomia da autarquia. “Acho que isso é saudável”, pontuou.

Campos Neto frisou que é importante jogar dentro das regras em que a cada dois anos dois diretores terão que ser substituídos. A mistura de novos e antigos diretores, avaliou, é saudável porque combina um conhecimento existente na casa com, às vezes, uma percepção de fora.

“Acredito muito na diversidade. Quanto mais diverso for o Copom, melhor ele vai ser”, emendou. “Não tem nenhum problema de ter opiniões diferentes, a gente até gosta.”

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