Secretário de Saúde de SP diz não ao lockdown, mas afirma que a quarta dose é uma possibilidade
O primeiro encontro promovido pela Esfera Brasil neste ano contou com a presença do Secretário de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, para falar sobre a ômicron e seus impactos. Segundo o Secretário, o platô da infecção pela nova variante deve acontecer entre os dias 15 e 20 de fevereiro. Ele frisou que um terço dos pacientes das UTIs da cidade não estão com a vacinação completa. “Hoje, a capital paulista contabiliza 8% dos óbitos do País. No auge da pandemia, em maio de 2020, eram 68%”, disse.
Aparecido diz que as cidades mais bem-sucedidas no enfrentamento da pandemia atacaram o problema pelo lado da saúde – e não da política. “O foco tem que ser cuidar das pessoas.” Ele afirmou que tem uma boa relação com o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. “Quando ele foi nomeado, liguei dizendo que precisávamos trabalhar juntos.”
Durante o encontro, o Secretário comentou que o coronavírus e todas as suas variantes ainda não são totalmente conhecidos pela Ciência. E que já existem hipóteses sobre estarmos diante de uma nova mutação da Covid. “O maior problema da ômicron é que a variante se espalha com muita rapidez. Ela levou somente 2,5 semanas para infectar o mesmo número de pessoas de toda a variante delta, sua antecessora. Para efeitos de comparação, quando a delta surgiu, ela levou nove semanas para infectar o mesmo número de pessoas que sua antecessora, a gama”, explicou.
Mesmo assim, o Secretário disse que não vê sentido em outro lockdown. “Sabemos que o risco maior de contaminação acontece em ambientes fechados. As pessoas devem evitar essas situações e continuar usando máscaras e respeitando as regras de distanciamento social.” Ele frisou que já trabalha com a possibilidade de uma quarta dose de vacina — e que isso pode acontecer até o final do ano.