A agropecuária, de novo, deve ser a principal engrenagem da economia do País. A previsão é de um avanço de 3,5% a 5% na cadeia da agricultura e da pecuária em 2022 – enquanto as projeções para o PIB como um todo são bem mais modestas, indicando uma taxa de crescimento de 0,4%. Setores correlatos, como a indústria de tratores e de equipamentos e a exportação de matérias-primas agropecuárias, também entram na equação e devem ser o impulso mais forte que a economia brasileira vai ganhar este ano.
A boa expectativa para o segmento está atrelada à melhora do cenário hídrico em comparação ao ano passado, quando o Brasil teve a pior crise energética dos últimos 91 anos. E leva em consideração também uma alta nas commodities agrícolas. Em 2021 elas bateram o desempenho de apostas mais tradicionais, como Ibovespa, dólar e ouro e superaram os resultados de ações como Vale e Petrobras. Em 2022, os índices de café, algodão, soja e milho devem continuar subindo.
“Este ano a perspectiva é que a questão hídrica não atrapalhe tanto como aconteceu em 2021. O agro infelizmente sofreu muito naquele período com a escassez de chuva. Mas agora o cenário é positivo e precisamos enfatizar que, quando esse setor cresce, ele beneficia muitos outros de forma direta e indireta, como o transporte que desloca os produtos dentro do País”, afirmou a economista Silvia Matos, da Fundação Getulio Vargas (FGV), em entrevista à CNN Brasil.
Acompanhe, na tabela abaixo, a comparação entre a evolução do PIB nacional e a do PIB do agronegócio.