Encontro internacional da Esfera Brasil conta com prefeito de Miami e empresários brasileiros

Em Miami, no primeiro encontro internacional promovido pela Esfera Brasil, Francis Suarez, o jovem prefeito republicano da cidade americana, discursou para um público de empresários brasileiros. Suarez fez elogios ao Brasil, falou sobre o novo governo e comparou alguns pontos entre Miami e o País, dando prioridade à pauta da segurança.

“Eu passei algum tempo no amado País de vocês, em algumas das principais cidades, e eu posso dizer uma coisa: o espírito brasileiro com certeza está aqui em Miami. Nós sentimos uma forte conexão com o Brasil”, disse Suarez no início de sua fala. Vale destacar que Miami está entre as cidades com mais brasileiros legais nos Estados Unidos.

Filho do cubano Xavier Suarez, que também já foi prefeito de Miami, mencionou um vínculo “de cultura, de ética de trabalho, de inovação e de homens que decidiram se arriscar e foram bem-sucedidos” entre as semelhanças da cidade com o Brasil.

O prefeito americano se dispôs a responder a perguntas dos demais convidados presentes. Além disso, recomendou investimentos em Miami, cidade que julga pertencer à “classe mais segura de ativos”.

“Nós somos um governo mais fiscalmente saudável do que jamais fomos e chegamos aqui sendo disciplinados, entendendo que às vezes é preciso dizer ‘não’, que às vezes você não pode repassar o peso dos impostos para a população. Então nós reduzimos os impostos ao menor nível da nossa história, o que nos levou, no ano passado, ao segundo maior crescimento da cidade em um trimestre. Nós estamos crescendo como um país desenvolvido e somos uma cidade desenvolvida”, afirmou Suarez.

Quanto ao novo governo brasileiro, agora com Luiz Inácio Lula da Silva à frente da Presidência, Suarez disse ainda não ter estabelecido um diálogo, mas pediu que os empresários ali presentes fizessem suas considerações. “Nós tínhamos uma boa relação com o governo anterior”, contou o prefeito. “Eu sempre sou um pouco cético quanto a governos de centro-esquerda na América do Sul, porque sou traumatizado com o que aconteceu em Cuba, o país de origem da minha família. Eu fico preocupado não só com o Brasil, mas com a América do Sul como um todo. Eles prometem igualdade, mas deixam todos igualmente pobres”, acrescentou.

Como um diagnóstico geral, Suarez acredita que a falta de segurança é o que impede a igualdade. “Vocês podem notar, no Brasil, como esses problemas sociais os afetam — e eu nem consigo expressar o quão essencial é o sentimento de segurança para que tudo funcione.”

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