• 23.10.2024
  • Redação

É possível conciliar equilíbrio fiscal e investimento

‘É possível conciliar equilíbrio fiscal e investimento’

Em encontro conosco em São Paulo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a busca pelo cumprimento da meta fiscal e a realização de grandes investimentos são conciliáveis, principalmente com o apoio da iniciativa privada em parcerias e concessões. Ele acredita que o Brasil deve aproveitar o fortalecimento da imagem perante à comunidade internacional para atrair grandes projetos nos setores de infraestrutura e logística, sem deixar de lado o protagonismo na pauta energética.

“É possível conciliar o equilíbrio fiscal sem abrir mão do investimento. Governei a Bahia durante oito anos e terminei meu mandato fazendo o maior investimento, de 14% da Receita Corrente Líquida, em um estado que é a décima arrecadação do Brasil”, frisou.

Ainda que Costa tenha lançado um olhar otimista sobre o futuro e defendido mudanças no arcabouço legal existente, como a nova lei para parcerias público-privadas – que prevê a remoção de barreiras ao ambiente de negócios –, os desafios da agenda econômica se impõem. Nesta quarta-feira, 23, o Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentou projeção apontando que o endividamento bruto do País deve passar de 97,6% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos cinco anos. Na mesma apresentação, o FMI projeta resultado positivo para o resultado primário somente em 2027, com 0,1%, o que deve fazer crescer o apelo por corte de despesas nas próximas semanas.

Citando o auxílio emergencial concedido a moradores do Rio Grande do Sul devido às fortes chuvas de abril e também os gastos atuais com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que chegam a R$ 100 bilhões, Rui Costa reconheceu a importância das políticas de transferência de renda e disse que o governo tem trabalhado para aumentar a fiscalização e coibir fraudes nesses programas.


Competitividade no exterior

Ao afirmar que o Brasil é um player importante na produção de proteína animal, Rui Costa fez um chamado à classe produtiva. Na visão dele, o crescimento do País depende da participação de toda a sociedade, e o momento atual — em que as guerras no Leste Europeu e no Oriente Médio afetam cadeias de suprimentos em todo o planeta — favorece a presença de bens e serviços brasileiros no exterior.

Também nesta quarta-feira, ele esteve em um compromisso com representantes do governo suíço no qual detalhou a carteira de investimentos e projetos de infraestrutura que constam no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“O País não pertence aos políticos, pertence às pessoas que moram nele. Formadores de opinião e empresários têm responsabilidade acima da média do que as outras pessoas”, argumentou.

Segundo Rui Costa, parte da estratégia para impulsionar o crescimento nos próximos anos e promover melhorias na qualidade de vida da população e no ambiente de negócios consiste em divulgar o Brasil no exterior para atrair capital estrangeiro, principalmente em títulos da dívida pública, e provocar uma redução na taxa de juros, o que facilita o acesso ao crédito.

“Governos são muito curtos. Nenhuma nação do mundo conseguiu superar suas dificuldades fazendo planejamento de quatro anos, para um governo. O planejamento de Estado só se realiza quando há engajamento da sociedade”, afirmou. “O mundo todo está olhando para o Brasil. Todos querem investir no Brasil. E, aqui, não tem ninguém pedindo para abraçar o governo. É preciso abraçar o País”, acrescentou.

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